De volta de uma longa jornada à pequena e formosa ilha de Taiwan. Descubro que não foi por acaso que os Portugueses a batizaram de Formosa. Literalmente uma parede que se ergue no pacífico a alturas de 3.500 m, a pequena ilha com a população aproximada da Grande São Paulo, e latitudes que variam entre o Rio de Janeiro e São Paulo, portanto com clima subtropical semelhante, Formosa nos ofereceu um excelente solo para o desenvolvimento da conferência mundial.

 

 

A conferência foi Patrocinada pela Sociedade para Estudos de Filosofia e Religião, uma instituição privada, que promove diálogos inter culturais, religiosos e científicos. A sociedade promoveu um excelente evento, disponibilizando um imenso espaço de trabalho e um staff capaz de receber acadêmicos, monges e praticantes de diversas nações.

As instalações de 8 andares, ofereciam alojamentos, refeitórios, templos, espaços para oficinas e auditórios.

Não demorou muito para perceber que o único defeito da Conferência, era a oferta de muitos programas de qualidade simultâneos. Com dois painéis teóricos e duas oficinas por rodada, a maior dificuldade era escolher!

Os professores da Escola Grande Triade representaram com satisfação nossos ideais, projetos e sistema de práticas.

Michael Winn, professor sênior de Alquimia Interna, ofereceu oficina e participou de painel sobre a relação entre a Cosmologia Taoísta e o sistema de prática corporal conhecido como Wuji Gong.

Eduardo Alexander, participou de uma painel sobre Taoísmo e Medicina, tendo discutido o papel das substâncias externas no suporte ao processo meditativo. A proposta foi bem acolhida por praticantes de diversas nações que se deliciaram com a oficina sobre o mesmo tema, onde puderam experimentar os extratos potencializados de Ginseng, Jiao Gulan e Alecrim.

Os produtos foram gentilmente cedidos pela empresa Red Lion Labs, iniciativa de John Reid III, que apóia o projeto de integração utilizando sua imensa capacidade técnica na produção de tinturas de ervas utilizadas pelos Taoístas, como o Ginseng: Nota-se a tonalidade de uma tintura totalmente purificada.

Dentre os painéis e oficinas que pudemos assistir e participar, destacam-se:

  • O Painel de Neurociênia e Meditação, onde se discutiu os aspectos neurológicos da noção Taoísta da não-ação, por Adrian Stoloff, Doutorando da Brown University, teve repercussões no diálogo entre cientistas e taoístas, pois os últimos não consideram o cérebro como centro d e comando do corpo, e portanto, pediram aos neurocientistas que investigassem o modelo de consciência orgânica proposto pelo Tao.
  • O Painel sobre Anatomia das Práticas de Cultivo da Vitalidade teve uma brilhante exposição de Steve Jackowicz sobre as bases fisiológicas do sistema de meridianos.
  • Livia Kohn enriqueceu o debate sobre o papel da visualização nas práticas meditativas
  • Liou Chen Hui apresentou um relato de um mestre de Alquimia interna descrevendo os estágios meditativos de forma precisa, e muito semelhante a proposta da Grande Triade
  • Galia Dor da Universidade de Tel Aviv trabalhou a relação entre Arte, Evolução e Taoísmo
  • Hyunmoon Kim ofereceu uma oficina profunda sobre os aspectos físicos, emocionais e espirituais da respiração no Dantian
  • Kenneth Cohen ofereceu uma oficina de Zhan Zhuang onde expôs briahntemente a relação entre as práticas de Zhan Zhuang e a cosmologia Taoísta.

E se não há mais citações é apenas por falta de possibilidade de experimentar mais painéis e oficinas.

Quem sabe não teremos sua companhia em 2018?

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